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ESPECIAL ARTSAKH
ARTSAKH
Violência, Limpeza Étnica e Genocídio
Refugiados armênios expulsos de Artsakh pela didatura do Azerbaijão. (Foto: Davit Hakobyan)
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Os armênios, um dos povos mais antigos do mundo, viveram por mais de três mil anos em Artsakh (Nagorno-Karabakh). E agora esta história milenar está chegando ao fim de forma trágica.
Os armênios, depois de sofrerem o primeiro genocídio do Século XX, quando 1,5 milhão de pessoas – incluindo 500 mil crianças – foram assassinadas pelo Império Otomano, agora sofrem um novo genocídio. E assim como o anterior, há pouco mais de 100 anos, há um grande silêncio para este sofrimento.
Artsakh foi dada ao Azerbaijão em uma “canetada” de Joseph Stalin, nos anos 20. De um dia para o outro, numa ação conhecida como “dividir para conquistar”, milhares de armênios agora viviam sob domínio azerbaijano. Em 1988, a população armênia da região começou a lutar pelo direito de autodeterminação e viver onde gostaria. Anos depois, em 1991, após o fim da União Soviética, essa mesma população resolveu se tornar independente. Nascia, assim, a República de Artsakh.
O Azerbaijão, por meio de sua petroditadura familiar, nunca aceitou esse fato e atacou a nova República. Mesmo derrotados em 1994, o Azerbaijão continuou atacando os armênios. Em 2020, atacaram de forma massiva, em um conflito chamado de Guerra dos 44 dias.
Continuando sua vingança e limpeza étnica, o Azerbaijão em 12 de dezembro de 2022 cortou a única ligação entre Artsakh e Armênia. Por nove meses, ninguém entrava e saía. Por nove meses, armênios – incluindo crianças e idosos – passaram frio e fome. Isso, segundo os especialistas, tinha um nome: genocídio; para outros, a clássica definição de limpeza étnica, que é quando você dificulta a vida de uma população local a ponto de a única solução que resta a eles é sair de suas terras.
Mesmo assim, os 120 mil armênios que ainda viviam em Artsakh queriam ficar em suas terras ancestrais, onde seus antepassados viveram por mais de três mil anos. Porém, mesmo resistindo a anos de ataques do Azerbaijão e meses isolados com frio e com fome, não foi possível resistir a uma operação militar completa azeri contra armênios, que se iniciou no dia 19 de setembro. O ataque bélico, com todo o poderio azeri, vitimou 200 armênios no primeiro dia. Dias depois, 88 mil armênios já tinham fugido.
E em pouco tempo, de forma silenciosa, o mundo testemunhouo êxodo de 120 mil armênios que foram expulsos de suas terras ancestrais pelo Azerbaijão. Mais do que isso, o mundo testemunhou a morte de um país, a República de Artsakh, graças à conivência de tantos outros.
Assim, três mil anos de história armênia chegam ao fim.
Grande parte do mundo parece ter se esquecido destes 120 mil exilados armênios, mas a UGAB Brasil não. Por isso, para dar um recomeço aos armênios expulsos de suas casas – muitos saíram apenas com a roupa do corpo – pelo Azerbaijão, lançamos a nossa campanha.
Doe agora mesmo qualquer quantia pelo QR code ou pela chave pix 62.467.675/0001-00 (CNPJ) e 100% da sua doação será direcionada para fundo mundial da UGAB, o Artsakh Relief Fund.
Além disso, clique no link abaixo para saber de outras campanhas para ajudar Artsakh.
Juntos, em um momento tão delicado, faremos a diferença para os 120 mil exilados à força armênios, que, mais do que nunca, precisam da nossa ajuda.