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ARMÊNIA
Nossa História
Vista aérea da capital Yerevan durante a noite, atualmente povoada por mais de 1 milhão de pessoas
A República da Armênia (em armênio: Hayastani Hanrapetut’yun) é um país localizado ao sul do Cáucaso, numa região conhecida como Eurásia, que divide a Europa Oriental e a Ásia Ocidental. Culturalmente, a Armênia é considerada parte da Europa. O país possui uma população de aproximadamente 3 milhões de habitantes e sua capital é Yerevan.
Apesar de uma independência bastante recente, conquistada em 21 de setembro de 1991 com o colapso da União Soviética, a Armênia, uma das civilizações antigas que se mantém até os dias de hoje, possui uma história milenar, que surge por volta de 2492 a.C.
No Século I a.C., durante o reinado de Tigran Medz, as fronteiras da Armênia foram expandidas, indo do Mar Mediterrâneo ao Mar Cáspio e, até 428 d.C, o Império Armênio manteve um território gigantesco, que chegou a ocupar, no seu ápice, uma área que começava onde hoje localiza-se Israel, passando por Jordânia, Iraque, Síria, Turquia, Irã, Azerbaijão e Geórgia.
Membro da ONU desde 1992, a Armênia segue sendo o coração da Nação Global Armênia e lar nacional físico para os quase 11 milhões de armênios que vivem espalhados ao redor do mundo.
Genocídio Armênio
Uma barbárie que custou a vida de milhares de famílias
O Genocídio Armênio, também conhecido como Medz Yeghern – “Grande Crime”, em armênio –, foi um extermínio sistemático realizado pelo governo Otomano de armênios que viviam dentro do Império Otomano – território esse que anteriormente faziam parte da Armênia histórica e que hoje constitui a Turquia.
O Genocídio Armênio foi o primeiro genocídio do Século XX e o consenso entre os pesquisadores é que 1,5 milhão de armênios foram assassinados, incluindo 500 mil crianças. Convencionalmente, o dia 24 de abril de 1915 é considerado a data de início dos massacres e data simbólica para relembrar às vítimas, já que foi nesse dia que as autoridades otomanas caçaram, prenderam, deportaram e executaram 250 intelectuais e líderes comunitários armênios em Constantinopla, atual Istambul.
Porém, a matança sistemática de armênios teve origens décadas antes, não em 1915.
O povo armênio é um dos mais antigos do mundo e foi o primeiro a adotar o cristianismo, em 301. Desde então, seu então vasto território foi repartido entre as potências locais, como os persas, russos, bizantinos e, como já citado, otomanos. E sob os otomanos, eles viraram bode expiatório para o fracasso eminente do sultão. Por isso, apenas entre 1894 e 1896, os turcos mataram cerca de 300 mil armênios, no que ficou conhecido como massacres hamidianos, uma designação a partir do nome do Sultão Abdulamide II. Além disso, vários vilarejos armênios, durante esse período, foram forçados a se converterem ao islamismo. Posteriormente, em 1909, 30 mil armênios foram assassinados no evento conhecido como Massacre de Adana.
Com uma população de cerca de dois milhões de armênios no começo do Século XX no Império Otomano, os armênios desejavam, cada vez mais, ter um território independente, como outrora tivera. Porém, com o início da Primeira Guerra Mundial em 1914, o Império estava recrutando soldados para guerra e indo contra o interesse de várias minorias, inclusive a dos armênios, que se recusavam a ir para a guerra e a lutar defendendo os otomanos.
Considerada uma alta traição, as autoridades turcas usaram essa questão para ter um motivo para instituir uma política de assassinato contra a população armênia. Esse programa genocida foi autorizado pelo sultão Abdulamide II e organizado pelo primeiro-ministro turco, Mehmet Talaat, pelo ministro da guerra, Ismail Enver, e pelo ministro da Marinha, Ahmed Jemal, que consideravam esse assunto como um programa de governo, que tinha como objetivo solucionar uma “questão vital para o Estado”.
O plano se iniciou no dia 24 de abril de 1915, com a prisão dos intelectuais armênios, e seu objetivo final consistia em: no extermínio de todos os homens com menos de 50 anos, aproveitando a guerra para convocar os soldados armênios, o que implicava em deixar as cidades e vilarejos desprotegidos, ao passo que, no front de batalha, os armênios serviam apenas para cavar trincheiras, sendo logo exterminados pelos soldados turcos; na expulsão da população armênia das cidades, provocando, assim, uma enorme onda migratória em direção aos campos de concentração no deserto de Deir al-Zor, na Síria; e a islamização de meninas e crianças.
E conforme a população – composta, em sua maioria, de mulheres, anciãos e crianças – vagavam em direção aos campos no deserto sírio, alguns já morriam no caminho de inanição e, além disso, as mulheres sofriam abusos sexuais e eram vendidas como escravas.
E mesmo com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e com a anexação da Armênia à União Soviética, em 1920, a população armênia que retornou para suas casas na Turquia ainda sofria na mão dos turcos, com ataques acontecendo até 1923 – essas execuções, torturas, expulsões e maus-tratos que aconteceram depois de 1918 foram arquitetados e promovidos pelo governo nacionalista de Mustafá Kemal Atatürk, considerado o pai da Turquia moderna.
Com 1,5 milhão de mortos e extensas perdas territoriais por parte da Armênia, o Genocídio Armênio logo foi esquecido e escondido por grande parte da comunidade internacional. Inclusive, quando Adolf Hitler ordenou o massacre de poloneses e judeus em sua política de expansão territorialista, ele disse: “Quem, afinal de contas, fala hoje da aniquilação dos armênios?”
Mesmo 106 anos depois do Genocídio Armênio, a Turquia não reconhece que cometeu esse Genocídio e, mais do que isso, ainda realiza ações hostis diretamente ligadas ao Genocídio, como, por exemplo, o forte apoio ao Azerbaijão em ataques contra Artsakh.
ARMÊNIA
Geografia
Mapa da Armênia
A Armênia fica ao sul das montanhas do Cáucaso e entre os mares Negro e Cáspio. Faz fronteira com o Azerbaijão, Irã, Geórgia e Turquia, numa região conhecida como Eurásia, que divide a Europa Oriental e a Ásia Ocidental. É um país montanhoso, com rios de fortes correntes e poucas florestas. O clima é continental de altitude: os verões são quentes, com temperatura variando entre 22° e 36° C, e invernos muito frios e com bastante neve, com temperaturas variando entre -10° e -5° C. Já a primavera é curta e os outonos são longos.
Possui uma área total de 29.743 km² e seu pico mais alto, o monte Aragats, tem 4.090 metros de altura; não há nenhum ponto do território armênio abaixo dos 400 metros de altitude. O Lago Sevan, um dos símbolos nacionais da Armênia, é o segundo lago mais alto do mundo, a 1.900 metros acima do nível do mar.
A Armênia é dividida entre 10 províncias, além da capital Yerevan: Ararat, Armavir, Aragatsotn, Gegharkunik, Kotakyk, Lori, Shirak, Syunik, Tavush e Vayots Dzor
Flora e Fauna
Típica vegetação Armênia
A flora da Armênia é muito diversa e possui 17 zonas de vegetação, uma vez que está situada na junção de duas províncias geobotânicas: caucasiana e iraniana. O país tem de tudo: plantas desérticas a florestas de carvalhos, faias e pinheiros, pântanos úmidos, plantas subtropicais e prados alpinos repletos de flores silvestres.
Existe na Armênia até campos virgens de grãos silvestres, os antepassados do primeiro trigo no mundo antigo, que se acredita terem sido cultivados na Armênia entre 12 e 15 mil anos atrás.
Cabras Bezoar
Apesar de seu pequeno tamanho geográfico, a Armênia se distingue pela diversidade de sua fauna. Existem cerca de 12 mil animais no país, dos quais 11 mil são insetos e invertebrados, 75 espécies de mamíferos, 43 espécies de répteis e 308 espécies de pássaros. Existem também muitas espécies de animais na Armênia: cabra bezoar, faisão, víbora armênia, entre outros.
Além disso, muitos dos animais domesticados do mundo se originaram na área em que a Armênia está localizada, e o muflão, o ancestral das ovelhas domesticadas, está presente no país.
ARMÊNIA
Armênia no Brasil
O Brasil, um país multicultural e que recebe povos de todos os lugares, é lar de uma comunidade armênia de cerca de 100 mil pessoas, presentes em sua maioria em São Paulo.
A história das primeiras famílias armênias no Brasil começa no Século XIX, quando, chegando através do Uruguai, resolvem trabalhar no Brasil, entrando pelo Rio Grande do Sul, onde alguns se estabelecem com lojas de comércio; já outros prosseguem até São Paulo.
Porém, a grande maioria dos armênios chega ao Brasil a partir entre 1920, após sobreviverem ao Genocídio Armênio cometido pelo Império Otomano.
Grande parte desses imigrantes vieram da região de Cilícia (que corresponde a atual costa sudeste da Turquia) e, sem condições financeiras, foram acolhidos pelos seus antecessores da primeira leva, que já estavam estabelecidos no Brasil. O fluxo de migração de armênios para o Brasil dura até 1950 e seu ápice foi durante os anos 20, em consequência direta ao genocídio.
Presentes, atualmente, em sua maioria, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, os armênios buscam manter sua estrutura cultural e de identidade. Por isso, você pode encontrar pelo Brasil, principalmente em torno da cidade de São Paulo, escolas armênias, igrejas, restaurantes, centros culturais e até mesmo uma estação de metrô chamada Armênia.
Outras Entidades Armênias de destaque no Brasil
• Diocese da Igreja Apostólica Armênia do Brasil
Vossa Excelência Bispo Nareg Barberian – Primaz
(11) 3326-9533 – WhatsApp: (11) 97600-9472
comarmeniabr@terra.com.br
• Embaixada da República Armênia
(61) 4551-8558
embaixada.armenia@gmail.com
• Consulado Geral da República Armênia em São Paulo
(11) 3262-3630/3071-2342
consuladosp@republicadaarmenia.com
• Catedral Apostólica Armênia São Jorge
Arcipreste Yeznig Guzelian
(11) 3681-8110
secretaria@cao.org.br
• Hay Azkayin Turlan Varjaran
(11) 3326-6703
externatojosebonifacio@gmail.com
• Paróquia Armênia Católica São Gregório Iluminador
(11) 3227-6969
iceasp@iceasp.com.br
• Igreja Evangélica Irmãos Armênios
@ieia.br
correa@cosadv.com.br
• Associação Beneficente Damas Brasil-Armênia – HOM ARPI
(11) 3229-6134
hom.arpi.sp@gmail.com
• Associação Beneficente Damas Brasil-Armênia – HOM MASSIS
(11) 3681-8110 (Telefone/WhatsApp)
secretaria@cao.org.br
• SAMA – Clube Armênio
(11) 5579-6035 – WhatsApp: (11) 94741-2663
secretaria@clubearmenio.com.br
sama@clubearmenio.com.br
• ACASP – Associação Cultural Armênia
(11) 99985-0978
trogomidebrasil@gmail.com
• CNA – Conselho Nacional Armênia do Brasil
(11) 98707-2030
cnabrasilsp@gmail.com
• Sociedade Beneficente e Cultural Marachá
(11) 99666-9977
helena@union.com.br
• Fundo Nacional Armênia
(11) 3042-5915 (Telefone/WhatsApp/Skype)
secretaria@fundoarmenia.com.br
• Associação Educacional e Cultural HAMAZKAYIN
(11) 97134-0599 (WhatsApp)
hamazkayinsp@gmail.com
• Associação Cultural TEKEYAN
(11) 96577-9547
actekeyan@gmail.com